Mais uma etapa transalpina em que a visão dos Dolomitas era constante, aliás, sempre que subiamos a uma cota mais alta a visão a 360º era estarrecedora. Esta era a etapa em que iríamos fazer a subida mais longa, nada mais nada menos do que 17 quilómetros a uma média de 12% de inclinação. A nossa sorte, se é que se poderá chamar sorte é que a maioria dos quilómetros percorridos eram por estrada, mas longe de ser mais fácil...é que o sol e o calor também fazem grandes estragos!
Mais uma vez senti-me muito mal disposto de manhã. Nem o Imodium fazia com que os meus intestinos acalmassem um pouco e durante as primeiras horas era mesmo incómodo pedalar e tentar gerir o organismo da melhor forma.
A descida para a meta, colocada em Sarnthein, ou se preferirem, Sarentino, foi alucinante! Um single track no meio de uma floresta bastante húmida em que o piso e as muitas raízes tornavam a descida muito perigosa. Isto veio a confirmar-se quando um dos elementos da equipa Despertar CC teve uma queda feia resultando na inutilização da bicicleta e respectivo abandono da prova a poucos quilómetros da meta. Nem nós tivemos sorte nesta descida, num determinado momento senti que o Carlos não seguia atrás de mim e parei à sua espera. Tinha sido obrigado a parar porque tinha partido o drop-out e o desviador traseiro! Como estavamos a apenas 7km da meta e numa descida, desmontamos o desviador partido, retiramos a corrente e o Carlos lá conseguiu deslizar encosta abaixo. Os últimos quilómetros, cerca de dois, foi rebocado até à meta.
No final, depois de 82,2km percorridos em 5:42h fizemos um 105º lugar.
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